terça-feira, 3 de maio de 2011

Leonor. Texto criado pela turma do 3ºA da EB1/JI do Viso para a Associação Ajudaris

A Leonor era órfã e uma menina intranquila, curiosa e com uma enorme vontade de decifrar palavras que via escritas nas paredes desbotadas a ruir, duma aldeia perdida no interior Africano. Em muitos momentos fixava o olhar perdido na imensidão do tudo e do nada.


Num desses momentos, o missionário António, que vivia tentando amenizar a sofreguidão de quem aspira a uma migalha e a um copo de água potável, olhou Leonor e comentou:




- Os teus olhos viajam na tempestade do mar imenso que faz a ponte entre a terra do teu desconhecimento e a água que sacia a tua sede de saber. Não quero morrer sem estender a minha mão e guiar-te ao mundo onde os teus sonhos se transformam em realidade, ainda que pequenas realidades.




Leonor olhou-o como se percebesse o que ele dizia e esboçou um sorriso tímido e esperançoso. António passeava noite dentro no seu quarto… de cá para lá, de lá para cá, até que:




- Vou descansar. Penso que encontrei uma solução.




Ainda o Sol não tinha raiado a savana Africana, já António se dirigia ao Capacetes Azuis, que o puseram em contacto com Portugal. Em poucas semanas, Leonor apanhava um avião e uma família de acolhimento esperava-a no Aeroporto Francisco Sá-Carneiro.




Ei-la a frequentar a escola EB1/JI do Viso, onde foi recebida de coração aberto por toda a gente. Hoje, na nossa escola, na hora do recreio, vemo-la na Biblioteca a ler com avidez os livros que aí estão expostos.




Leonor aspira à igualdade entre todos os seres humanos e sonha presidir a uma qualquer associação de carácter humanitário para que as crianças de todo o mundo não necessitem do missionário António para exercerem os seus direitos.

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