domingo, 12 de setembro de 2010

Nó no Lençol


Olá amigos, estamos de volta para mais um ano lectivo. Depois de umas férias bem passadas, tivemos a nossa apresentação na escola no Dia 10 de Setembro e aí tivemos a possibilidade de conhecer todos os professores, antigos e novos, e de rever os nossos colegas. Foi um dia de escola especial porque os pais foram connosco, mas ficamos a conhecer as novidades deste ano.
A nossa coordenadora leu-nos um texto que queremos partilhar convosco.
Aqui fica e bom ano.

"Em uma reunião de Pais, numa Escola da Periferia, a Directora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos. Pedia-lhes, também, que se fizessem presentes o máximo de tempo possível.
Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhasse fora, deveriam achar um tempinho para se dedicar a entender as crianças.
Mas a directora ficou muito surpresa quando um pai se levantou a explicou, com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo durante a semana.
Quando ele saía para trabalhar, era muito cedo e o filho ainda estava dormindo. Quando ele voltava do serviço era muito tarde e o garoto não estava mais acordado. Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família. Mas ele contou, também, que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho a que tentava se redimir indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa.

E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria.
Isso acontecia, religiosamente, todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.
A directora ficou emocionada com aquela história singela e emocionante. E ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.
O fato nos faz reflectir sobre as muitas maneiras de um pai ou uma mãe se fazerem presentes, de se comunicarem com o filho.
Aquele pai encontrou a sua, simples, mas eficiente. E o mais Importante é que o filho percebia, através do nó afectivo, o que o pai estava lhe dizendo.
Mesmo que a criança não entenda muitas palavras, ela sabe registar um gesto de amor, por mais simples que seja.

E você… Já deu algum nó no lençol de seu filho, hoje?"


Alunos da EB1/JI do Viso

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